Teimosias (parte 2)
Após alguns dias de interrupção, volto a bloggar. Mais uma vez para falar das nossas teimosias. Existe um ditado que é "pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita". E realmente é verdade. Tal como o bambu seco que nunca se dobra, mas parte-se, assim também a nossa alma, a nossa natureza, e o nosso coração. Vou aproveitar para contar mais uma história que uma vez me contaram um dia, para poder dividi-la com todos os que acompanham, e até para mim mesmo, visto este blog fazer eternamente parte de mim. Ora rezava a história que um homem havia pintado um lindo quadro e, no dia de apresentá-lo ao público, convidou toda a gente para que o pudesse ver. A esse local compareceram autoridades locais, fotógrafos, jornalistas, entre outras celebridades, pois este pintor era realmente um artista. Ao chegar a altura de apresentar o quadro, tiraram o pano que tapava o quadro. Foi continuamente aplaudido o quadro. Era a figura de um homem a bater à porta de uma casa. A pintura estava realmente espectacular. As mãos desse homem pareciam bater suavemente, e os ouvidos do mesmo, pareciam querer ouvir se lá dentro alguém lhe respondia. Várias pessoas se pronunciaram e elogiaram o quadro. No entanto, um observador com olhar mais crítico e atencioso, encontrou uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura. E pergunta ao artista: "Desculpe lá, mas... o seu quadro tem um defeito. A porta que pintou, não tem fechadura. Como é que se poderá abri-la?" Ao que o artista respondeu: "É assim mesmo. Esta é a porta do coração humano: só a pode abrir quem está dentro da casa".
Não é assim mesmo o nosso coração? Por mais que nos batam teimosamente à porta, e tentem entrar para dentro de casa, quer para nos trazer um presente e, consequentemente, iluminar a nossa casa, quer para nos trazer infortúnios e desgraças, só nós é que temos o poder de a abrir. Ou a abrimos e deixamos a VIDA entrar, ou então teimosamente fechamo-la. Medo? Talvez. Precaução? Quem sabe... Bem, não vou concluir mais do que esta pequena nota pós-história, pois vou deixar ao critério de cada um, tirar as conclusões e debruçar-se sobre este tema... por vezes demasiado retórico, que é o coração humano e as consequências que acaba por nos trazer.